sábado, 9 de julho de 2022

Atividade com crônica curta - Furto de flor, Carlos Drummond de Andrade (fácil)

 * Leia o texto abaixo para responder o que se pede:


Furto de flor, Carlos Drummond de Andrade


Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico das flores. Eu a furtara, eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que idéia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Rio de Janeiro, José Olympio, 1985. p. 80.

1. Por que se pode classificar o texto "Furto de flor" de Carlos Drummond de Andrade como uma crônica?

"Furto de flor" é classificado como uma crônica porque parte de um evento simples e corriqueiro do dia a dia como pegar uma bonita flor de um jardim; o texto desenvolve-se como uma reflexão sobre este evento. 


2. Quem são os personagens da crônica?

O narrador personagem que encontra a flor e o porteiro.


3. A quem se referem os trechos destacados:

a) "Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água".

Refere-se a flor.

b) "Logo senti que ela não estava feliz". 

Também refere-se a flor. 


4. Por que a flor estava triste?

Porque foi colocada em um copo.


5. Que medida o narrador tomou para deixar a flor alegre? A medida surtiu efeito? 

Ele transferiu a flor para um vaso. No entanto, a flor empalidecia. 

6. Em sua opinião, por que o narrador furtou a flor? 

Porque, ao vê-la, o narrador sentiu-se atraído por ela e desenvolveu um grande afeto a ponto de cuidar dela enquanto a manteve junto de si. 

7. Mesmo com todo amor dedicado à sua flor por que ela murchara? 

Porque o amor do narrador não foi suficiente para mantê-la viva, afinal ela foi tirada do seu ambiente original o qual era a responsável por sua vida. 


8. Que conclusão podemos tirar em relação a crônica?

Que, embora amemos muito alguma coisa e cuidemos dela com toda dedicação, isso não é suficiente se a tirarmos de um ambiente que nutra sua essência vital.


9. Analise o termo destacado abaixo:

"Peguei a docemente e fui depositar lá no jardim onde desabrochara".

O que o termo docente revela sobre a ação do narrador? 

Revela o modo carinhoso como ele a pegou mesmo depois de morta. 


10. "Que ideia a sua vir jogar lixo de sua casa neste jardim".

Analise o trecho e responda: A visão que o porteiro tinha sobre a flor era a mesma que o narrador tinha?

Não porque o porteiro não tomou conta da flor, não lhe dedicou amor, carinho e atenção. Então não desenvolveu o afeto por ela.


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