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Leia o trecho da letra de música “O Homem Deu Nome A Todos Animais” (Zé Ramalho) para responder o que se pede:
o homem deu nome a todos (os) animais
desde o
início, desde início
o homem deu nome a todos (os) animais
desde o início, há muito tempo atrás
viu um animal com tal poder
garras afiadas e um porte
quando rugia, tremia o chão
disse com razão: chamar-se-á leão
1.
No trecho “o homem deu nome a todos os animais desde o início, há muito
tempo atrás”, a repetição da expressão “desde o início” e a presença da locução
“há muito tempo atrás” produzem um efeito de sentido que:
a) reforça a
precisão temporal dos acontecimentos, conferindo à narrativa um caráter
histórico e datado.
b) enfatiza a
antiguidade e a origem remota do ato de nomear, aproximando o texto de uma
linguagem mítica ou simbólica.
c) denuncia a
falta de clareza temporal, sugerindo que o eu lírico desconhece o momento exato
dos eventos.
d) busca marcar a
ação como cotidiana e atual, aproximando-a da experiência contemporânea do
leitor.
2.
Considerando a norma-padrão, caso o verbo da forma “disse com razão:
chamar-se-á leão” estivesse no futuro do pretérito, a colocação pronominal
correta seria:
a) se chamaria
b) chamar-se-ia
c) se chamaria-se
d) chamar-ia-se
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Leia o trecho da letra da canção para responder o que se pede:
Bom conselho
(Chico Buarque)
Ouça um bom conselho
Que lhe dou de graça
Inútil dormir
Que a dor não passa
Espera sentado
Ou você se cansa
Venha se queimar
Devagar é que
Não se vai longe
3. No trecho “Ouça um
bom conselho que lhe dou de graça: inútil dormir, que a dor não passa”, a voz
poética apresenta uma postura que pode ser interpretada como:
a) ingênua,
acreditando que um simples conselho é suficiente para eliminar a dor.
b) resignada, demonstrando esperança de que o sofrimento se dissipe com
o tempo.
c) moralista, ao afirmar que a dor é consequência de ações erradas e
deve ser punida.
d) irônica, pois o eu
lírico oferece um conselho gratuito, mas de tom pessimista e desalentador.
4. Na frase “Devagar
é que não se vai longe”, a colocação pronominal antes do verbo (se vai)
justifica-se pela:
a) presença de uma conjunção subordinativa que exige a anteposição do
pronome oblíquo.
b) necessidade de
evitar a ênfase na ação verbal, característica da norma coloquial.
c) uso do advérbio de
negação “não” que atrai o pronome para antes do verbo.
d) impossibilidade de usar ênclise em construções com verbo no modo
imperativo afirmativo.
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Leia o trecho da música para responder o que se pede:
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor, meu bem!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens, não sei
Mas se tiver, devolva-me!
Deixe-me sozinho
Porque assim
Eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz
5. No trecho “Rasgue
as minhas cartas e não me procure mais / Assim será melhor, meu bem!”,
observa-se um tom de despedida marcado por:
a) ressentimento e desejo de vingança, já que o eu lírico quer apagar
qualquer lembrança da relação.
b) resignação e tentativa de preservar a própria paz, mesmo diante da
dor do término.
c) indiferença afetiva, evidenciada pela ausência de emoção nas
palavras.
d) esperança de reconciliação, revelada no apelo para que a pessoa amada
devolva o retrato.
6. Na construção “Mas
se tiver, devolva-me!”, o verbo ter poderia ser substituído pela forma
pronominal “ter algo” expressa com o pronome “me”. Considerando a norma-padrão
de colocação pronominal, a forma correta seria:
a) Mas me tiver, devolva!
b) Mas tiver-me, devolva!
c) Mas se me tiver, devolva!
d) Mas tiver se me, devolva!

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