quarta-feira, 26 de junho de 2024

O RETRATO OVAL de Edgar Allan Poe - Atividade com gabarito - Conto de terror

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·         Leia o trecho do texto O RETRATO OVAL de Edgar Allan Poe:  



O que agora eu via, certamente não podia e não queria duvidar, pois o primeiro clarão das velas sobre a tela dissipara o estupor de sonho que me roubava os sentidos, despertando-me imediatamente à realidade.

O retrato, já o disse, era o de uma jovem. Uma mera cabeça e ombros, feitos à maneira denominada tecnicamente de vinheta, muito ao estilo das cabeças favoritas de Sully. Os braços, o busto e as pontas dos radiantes cabelos se dissolviam imperceptivelmente na vaga mas profunda sombra que formava o fundo do conjunto. A moldura era oval, ricamente dourada e filigranada à mourisca. Como objeto artístico, nada poderia ser mais admirável do que aquela pintura em si. Mas não seria a elaboração da obra nem a beleza imortal daquela face o que tão repentinamente e com veemência comoveu-me. Tampouco teria minha fantasia, sacudida de seu meio-sono, tomado a cabeça pela de uma pessoa viva. Vi logo que as peculiaridades do desenho, do vinhetado e da moldura devem ter dissipado instantaneamente tal ideia – e até mesmo evitado sua cogitação momentânea. Pensando seriamente acerca desses pontos, permaneci, talvez uma hora, meio sentado, meio reclinado, com minha vista pregada ao retrato. Enfim, satisfeito com o verdadeiro segredo de seu efeito, caí de costas na cama. Descobrira o feitiço do quadro numa absoluta naturalidade de expressão, a qual primeiro espantou-me e por fim me confundiu, dominou-me e me aterrorizou. Com profundo e reverente temor, recoloquei o candelabro na posição anterior. Sendo a causa de minha profunda agitação colocada assim fora de vista, busquei avidamente o volume que tratava das pinturas e suas histórias. Dirigindo-me ao número que designava o retrato oval, li as vagas e singulares palavras que se seguem:

“Era uma donzela de raríssima beleza, não mais encantadora do que cheia de alegria. Má foi a hora em que viu, amou e desposou o pintor. Ele, apaixonado, estudioso, austero, e tendo já em sua Arte uma esposa; ela, uma donzela de raríssima beleza, não mais encantadora do que cheia de alegria; toda luz e sorrisos, e travessa como uma corça nova; amando e acarinhando todas as coisas; odiando apenas a Arte, sua rival; temendo só a paleta, os pincéis e outros desfavoráveis instrumentos que a privavam do rosto do amado. Era, portanto, uma coisa terrível para essa dama ouvir o pintor falar de seu desejo de retratar justo sua jovem esposa. No entanto, ela era humilde e obediente, e posou submissa por muitas semanas na escura e alta câmara do torreão, onde a luz caía somente do teto sobre a pálida tela. Mas ele, o pintor, glorificava-se com sua obra, que continuava hora após hora, dia após dia. E era um homem apaixonado, impetuoso e taciturno, que se perdia em devaneios; de maneira que não queria ver que a luz espectral que caía naquele torreão isolado debilitava a saúde e a vivacidade de sua esposa, que definhava visivelmente para todos, exceto para ele. Contudo, ela continuava a sorrir imóvel, docilmente, porque viu que o pintor (que tinha grande renome) adquiriu um fervoroso e ardente prazer em sua tarefa e trabalhava dia e noite para pintar a que tanto o amava, aquela que a cada dia ficava mais desalentada e fraca. E, em verdade, alguns que viram o retrato falaram, em voz baixa, de sua semelhança como de uma poderosa maravilha, e uma prova não só da força do pintor como de seu profundo amor pela qual ele pintava tão insuperavelmente bem. Finalmente, como o trabalho se aproximava da conclusão, ninguém mais foi admitido no torreão, pois o pintor enlouquecera com o ardor da obra, raramente desviando os olhos da tela, mesmo para olhar o rosto da esposa. Não queria ver que as tintas que espalhava na tela eram tiradas das faces da que posava junto a ele. E quando muitas semanas nocivas se passaram e pouco restava a fazer, salvo uma pincelada na boca e um tom nos olhos, o espírito da dama novamente bruxuleou como a chama no bocal da lâmpada. Então, a pincelada foi dada e o tom aplicado, e, por um momento, o pintor se deteve extasiado diante da obra em que trabalhara. Porém, em seguida, enquanto ainda a contemplava, ficou trêmulo, muito pálido e espantado, exclamando em voz alta: ‘Isto é de fato a própria Vida!’ Voltou-se repentinamente para olhar a amada: – Estava morta!”

1.      De acordo com o trecho, por que o narrador foi inicialmente atraído pelo retrato da jovem?

a) Pela elaboração técnica e beleza artística da pintura.

b) Pela semelhança surpreendente com uma pessoa viva.

c) Pela moldura oval e dourada do retrato.

d) Pela descrição detalhada da vida da jovem retratada.

2. Qual foi a reação do pintor ao concluir a pintura do retrato?

a) Ele ficou extasiado com a obra que havia criado.

b) Ele percebeu que a pintura capturava a própria vida.

c) Ele se sentiu satisfeito por ter concluído a tarefa.

d) Ele se assustou ao perceber a semelhança com a realidade.

 

3. Por que a esposa do pintor posou para o retrato, apesar de sua relutância inicial?

a) Porque ela amava a Arte tanto quanto o pintor.

b) Porque ela era humilde e obediente ao marido.

c) Porque ela desejava imortalizar sua beleza.

d) Porque ela queria desafiar a rivalidade com a Arte.

 

4. Qual é o tema central explorado no trecho fornecido?

a) A obsessão artística e suas consequências.

b) O amor e a perda na busca pela perfeição.

c) A beleza e a fragilidade da vida humana.

d) A rivalidade entre a esposa e a Arte.

 

5. O que a reação do pintor ao ver o retrato concluído revela sobre sua relação com a esposa?

a) Ele estava cego pelo seu amor devotado a sua jovem esposa.

b) Ele valorizava mais sua obra de arte do que a esposa, embora ela estivesse saudável.

c) Ele estava ciente da deterioração da saúde da esposa, mas escolheu ignorá-la.

d) Ele não percebia o declínio da saúde da esposa, por isso nada pode fazer para ajudá-la.

 

6. Qual é o principal elemento narrativo que contribui para o desenvolvimento do suspense no trecho fornecido?

a) A descrição detalhada do retrato da jovem.

b) O conflito entre o pintor e sua esposa.

c) A revelação gradual do destino da esposa do pintor.

d) A ambientação na câmara escura do torreão.

7. Assinale a opção em que todas as palavras estão escritas de forma correta.

a) manjericão; giboia; bege; tigela.
b) mangericão; giboia; bege; tijela
c) mangericão; jiboia; bege; tijela.
d) manjericão; jiboia; bege; tigela.

 

8. Complete cada lacuna com a forma correta do verbo indicado entre parênteses:

“ (…) Espero que o tempo _________ (passar – 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)


Espero que a semana _________ (acabar - 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)


Pra que eu _________ te ver de novo (poder - 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)

Espero que o tempo_________ (voar - 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)


Para que você _________ (retornar - 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)


Pra que eu _________ te abraçar (...)”. (poder - 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo

(“N”, Nando Reis)

A sequência que preenche corretamente a letra da música é:

a) passe – acaba – possa – voa – retorne – poder.

b) passar- acabar – poder – voar – retornar – poder.

c) passa – acaba – possa – voa – retorna – possa.

d) passe – acabe – possa – voe – retorne – possa.

* Leia o trecho da notícia para responder o que se pede:

 

JIBOIA DE MAIS DE 2 METROS É CAPTURADA NA PENITENCIÁRIA 1 DE PRESIDENTE VENCESLAU

Animal foi resgatado pela Polícia Ambiental e solto no Parque Estadual do Rio do Peixe.



Uma jiboia (Boa constrictor) foi resgatada pela Polícia Ambiental, nesta sexta-feira (12), de dentro do complexo da Penitenciária Zwinglio Ferreira, a P1, em Presidente Venceslau (SP). [...]  

Ela pode utilizar as árvores e arbustos e também tem hábito terrícola. O famoso "Bafo de _iboia" nada mais é do que uma estraté_ia de defesa, em que a serpente expulsa o ar dos pulmões produzindo um som característico. Uma reação que vem, muitas vezes, acompanhada do "bote".

Possui atividade noturna e é vivípara (dá à luz filhotes), produzindo de oito a 49 crias por ninhada, sendo a _estação de 127 a 249 dias.

Fonte: https://g1.globo.com/

9. Empregando adequadamente o G ou J em cada lacuna teremos a seguinte sequência:

a)      Jiboia – estratégia – gestação.

b)      Giboia- estratégia – gestação.

c)      Jiboia – estratéjia – gestação.

d)      Jiboia – estratégia – jestação.

10. O verbo destacado foi flexionado no modo subjuntivo em:

a) “Desejo que você saiba tenha a quem amar”.  

b) O menino tentou enganar a irmã.

 c)  Enfrente os obstáculos!

d) Naquela época, o idoso já estava bastante debilitado. 



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